sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sobre a honestidade

Nos últimos textos, eu frequentemente mencionei a honestidade, principalmente relacionada às coisas mais difíceis e tristes de admitir para si e para os outros. E em geral, eu poderia falar sobre isso durante horas. Mas basta que eu diga que eu tive um surto de honestidade e os acontecimentos se precipitaram. Dentre as minhas reflexões (que por sinal são inúmeras neste momento), uma que me consome boa parte do tempo é a respeito do quão patéticos somos capazes de ser quando escolhemos não enxergar as coisas como elas realmente são, mesmo quando se apresentam claramente diante dos nossos olhos simplesmente porque estamos apegados demais a uma ilusão capaz de nos fazer sentir minimamente mais vivos. Perceba, o problema não está na verdade em si, e sim no fato de você, ou do que você deseja não ser efetivamente a verdade. Ainda assim, a palavra chave é admitir. Por mais que tenha sido necessário reunir tudo o que eu tinha para fazê-lo, e ainda assim não foi suficiente, admitir fez com que eu quisesse me dar o direito (mesmo que por um curto período de tempo) de me sentir de uma maneira que eu antes não me permitia por n motivos.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Do you know how lost I've been?



Há alguns posts atrás, eu apresentei a música "Don't explain" na voz da Nina Simone. Essa música foi escrita por uma cantora chamada Billie Holiday durante os anos 1940. Conta-se que ela a escreveu logo depois que seu marido da época chegou em casa com o colarinho sujo de batom. Aliás, tenho a impressão de que a Nina Simone regravou muitas músicas da Billie Holiday. De qualquer forma, o que eu considero realmente importante de ser dito aqui é que o que eu mais admiro nessas cantoras, que são fantásticas, diga-se de passagem, são as verdades tão tristes e tão honestas sobre as quais elas cantam. Fico imaginando a sensação de dor cada vez que uma dessas músicas fossem cantadas.. Será que os corações delas se rasgavam ou sangravam cada vez que elas passavam por aqueles versos? Acho que nunca saberei de verdade. Isso também pode estar relacionado a vida pessoal difícil e conturbada de cada uma delas. De qualquer forma, essas músicas surgiram pra mim num momento de extrema confusão emocional e agora são como companheiras muito agradáveis. Não acho que minhas misérias se assemelhem às apresentadas nas canções. Identifico-me muito mais com a honestidade presente em cada uma delas. Deixarei duas novas hoje que eu descobri ontem, por acaso, por recomendação do Youtube. Ambas são da Holiday, mas uma está na voz da Nina Simone.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Baby, I'm gonna leave you..

Hoje eu realmente não pretendo me demorar por aqui. Só queria escrever sobre algumas considerações que andei fazendo nos últimos dias. A primeira delas é que eu estou a ponto de desistir de implorar.. Imagino que depois de tanto tempo eu mereça um pingo a mais de consideração. Outra questão é meu problema com exposição pública.. Preciso trabalhá-lo. Além disso, falar sobre as coisas cada vez se torna menos atraente quando você percebe que a sua mentalidade destoa tanto em relação aos princípios adotados nesses novos tempos tão apressados e conturbados. E por hoje chega, são só algumas questões sobre as quais vale a pena refletir.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Over futile odds...


Sempre nos esquecemos de que não passamos de nada além de uma poeira mínima em toda a imensidão do universo. Por mais que carreguemos em nossa finitude toda a infinitude de sermos a imagem e semelhança de Deus, às vezes é como se a vida viesse nos visitar apenas para nos lembrar do quão frágil somos e do quanto não damos o valor verdadeiro a ela... Sempre absortos em nossas misérias e sem nem se dar conta de que podemos não experimentar o minuto seguinte que, por "n" razões pode nem se quer chegar...

sábado, 6 de abril de 2013

All my thoughts of you...

Com muitas coisas na cabeça e sem a universidade pra discuti-las (por conta das férias), precisei vir aqui devagar um pouco sobre uma música que a Nina Simone canta, aliás, uma cantora incrível que a Mineira me apresentou. Se chama Don't Explain e hoje, diferentemente do que eu costumo fazer, postarei o vídeo da canção ao invés de uma foto. É difícil explicar o que uma música significa quando ela conversa com o coração e também muito arriscado, pois como eu disse no texto anterior, isso pode acabar estragando o significado dela pra uma outra pessoa. Por isso, dessa vez achei por bem deixar aqui apenas a letra, simples, mas impecável, diga-se de passagem, dessa que agora é a trilha sonora dos meus dias. Destacarei meu trecho preferido.


Don't Explain

Hush now, don't explain
There aint nothin' to gain
Im glad that your back
Dont' explain

Quiet baby, dont explain
There is nothing to gain.
Skip back the lipstick
Don't explain.

You know that I love you
And what love endures
All my thoughts of you
For I'm so completely yours
Don't want to hear folks chatter
Cause I know you cheat
Right n' wrong don't matter
When you're with me my sweet..

Hush now don't explain
Don't you know you're my joy and you're my pain.
My life is yours love
Don't explain

All my thoughts of you, for I'm so completely yours.
I don't want to hear nobody chatter
Cause I know you cheat,
Right n' wrong don't matter
When your with me my sweet.

Hush now, don't explain
You're my joy, you're my pain
My life is yours love
Don't explain

É isso, cheia de sutilezas, tão linda quanto o possível é essa a canção que me rende horas de devaneios ultimamente.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

People always leave...

É estranho escrever sobre coisas nostálgicas ouvindo Chaka Khan.. De qualquer forma, eu não venho aqui faz bastante tempo, mas agora que meus devaneios e conversas que tentam dar conta de questões sentimentais se acumularam, preciso de alguma maneira, mesmo que confusa falar sobre elas. Talvez eu fale sobre duas ou três coisas.. Sei lá..
Acho que seria de bom tom explicar o título e a imagem (ou não, já que segundo a P!nk, quando você conta pros outros o significado de uma coisa pra você pra outra pessoa, você corre o risco de estragar o que ela representa pra pessoa, então talvez não seja bom ler - Rá, quanta pretensão.. Ninguém vai ler -.-' haha). Esse é um desenho da Peyton, do One Tree Hill e a legenda é que ela colocou não é nenhum tipo de construção literária que precise ser explicada. Já reparou como as pessoas sempre se vão? Será que isso é uma coisa natural que precise necessariamente acontecer?
Obviamente essas idas e vindas já não me abalam mais (talvez porque elas ainda não tenham alcançado a intensidade máxima), mesmo que de alguma forma eu tenha aprendido com o tempo a tentar  lutar contra essas idas de todas as formas que eu posso. Engraçado que ontem eu descobri outra música da P!nk - sempre ela né?! - que fala bem nisso: "Just a second we're not broken just bent/ And we can learn to love again.." (se chama Just give me a reason). Será que que daqui a um tempo o segredo deste reaprendizado vai ficar mais claro pra mim? Torço para que sim. Alguma coisa me faz querer acreditar que nós estamos mesmo apenas tortos.
Mudando de assunto, essa coisa de sorte, o quão importante ela é na vida? Vai saber -.-' Eu sei que se eu acreditasse piamente nisso acabaria enlouquecendo. Minha vida é muito boa, muito linda, não tenho o direito de reclamar. Rotinas, bons amigos, emprego e vez ou outra um sonho realizado. Mas o que anda me chamando a atenção ultimamente é o fato de talvez, e só talvez, toda vez que você se acha mais esperto que a vida/sorte/destino, você acaba tomando umas três ou quatro rasteiras daquelas que te fazem até dar cambalhotas no ar. Bem dizia a Tina Turner no Mad Max: "But how the world turns..". E por hoje chega...